Um truque de mágica.

Como num passe de mágica, a realidade foi se desprendendo e dando asas a imaginação, em um dia simples, muito mudou, muros de concreto que me separavam e me isolavam, se dissolveram como pó na água, meus coelhos saltaram da cartola, e se transformaram em lindos pombos brancos que voavam em direção ao azul do céu...

Sem platéia, ainda assim eu ouvi os aplausos, e estes não me faziam muita diferença, concentrava-me mesmo, em meus singelos sorrisos ao sentir que o real não era mais tão real, moldar o mundo nunca fora tão divertido para um simples mágico.
Meus olhos se vertiam em lágrimas, estas era tão doces quanto o próprio mel, o sentimento de dor, sumia em meio a muitas outras cartas naquele baralho de lembranças que estava entre meus dedos, e eu não o encontrara novamente, somente a alegria, que era a carta que estava escondida, e agora repetidamente aparecia em minhas mãos.
O tempo passava, e novos truques surgiam, aquele mágico de cartola empoeirada e varinha de condão, hoje em dia, faz parte de sua própria platéia...